terça-feira, 28 de junho de 2011

Reflexão...

" Aprendi com o Mestre dos Mestres que a arte de pensar é o tesouro dos sábios. Aprendi um pouco mais a pensar antes de reagir, a expor - e não impor - minhas idéias e a entender que cada pessoa é um ser único no palco da existência.

Aprendi com o Mestre da Sensibilidade a navegar nas águas da emoção, a não ter medo da dor, a procurar um profundo significado para a vida e a perceber que nas coisas mais simples e anônimas se escondem os segredos da felicidade.

Aprendi com o Mestre da Vida que viver é uma experiência única, belíssima, mas brevíssima. E, por saber que a vida passa tão rápido, sinto necessidade de compreender minhas limitações e aproveitar cada lágrima, sorriso, sucesso e fracasso como uma oportunidade preciosa de crescer.

Aprendi com o Mestre do Amor que a vida sem amor é um livro sem letras, uma primavera sem flores, uma pintura sem cores. Aprendi que o amor acalma a emoção, tranquiliza o pensamento, incendeia a motivação, rompe obstáculos intransponíveis e faz da vida uma agradável aventura, sem tédio, angústia ou solidão. Por tudo isso JesusCristo, minha vida e as pessoas que amo
se tornaram, para mim, um Mestre Inesquecível.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Uma mensagem para refletir!!!!


SER PSICÓLOGA Maria Luíza Rocha de Andrade



Ser psicóloga é antes de tudo
estar aberta ao outro,
pronta para conhecer a sua verdade
despida de pensamentos ou julgamentos pré-concebidos.

É abrir mão, conscientemente,
de qualquer poder ou controle sobre o outro.
É postar-se diante dele
e estar disponível para recebê-lo
como ele se apresenta em cada momento.

É ter a responsabilidade
e também o privilégio,
de acolher as dores, as alegrias,
as realizações, as frustrações e os desejos,
às vezes permeados por culpas,
medos e conflitos.

É participar de vitórias, de fracassos, de sonhos,
de esperanças e também de desesperanças.
É ratificar o outro em sua humanidade,
numa relação sem máscaras,
onde eu também possa ser eu mesma,
favorecendo um encontro verdadeiro
entre duas pessoas
feitas do mesmo barro
rumo a um rico encontro existencial.

Cada palavra, cada gesto, cada olhar,
e mesmo o silêncio,
são instrumentos de trabalho
que facilitam o contato
com as verdades singulares ou universais
que se nos mostrarão
na presença desse outro que se desvela.

E nesse exercício,
ouvir verdadeiramente
é o que possibilita
que eu me coloque no lugar do outro,
COMO SE vestisse a sua pele,
para compreender melhor o que ele me diz,
do seu ponto de vista,
e não contaminado pelo meu.

A confiança genuína
é a de que a sabedoria maior,
a força criadora
capaz de operacionalizar mudanças construtivas,
criar caminhos possíveis
para desenvolver as potencialidades da pessoa,
encontra-se em seu organismo,
ainda que possa estar adormecida ou desvirtuada. 

Ser psicóloga
é participar de uma relação íntima e singular
e algumas vezes ser a única pessoa na vida de alguém
que nunca teve com quem contar.
E iluminar seu caminho
para que ele mesmo encontre a direção.

É facilitar-lhe a descoberta
de que as respostas para suas perguntas,
o alívio para suas angústias e dores,
a chave para sua vida
e a coragem para quaisquer decisões,
encontram-se em suas mãos.

Desejo que como psicóloga,
eu cultive esperança, respeito,
tolerância e humildade.
E que minha conduta seja ÉTICA,
acima de todas as coisas.

Que as experiências a mim reveladas,
e tudo o que por mim for testemunhado,
sejam segredos de toda a vida!

Reich

As psicoterapias de inspiração reichiana podem buscar fundamentação na psicanálise, retomando suas origens; e podem também assimilar informações da ciência biológica. Tecendo os fios a partir destes campos estruturados e sistematizados, talvez se possa construir uma rede que dê sustentação mais consistente às nossas práticas e aos nossos conceitos. A parte analítica é baseada na análise do caráter que mantém seus postulados fundamentais da teoria Freudiana, juntamente aos procedimentos da dinâmica transferencial próprios da psicanálise.
A inclusão do corpo na prática terapêutica vislumbra numa ampliação da capacidade da produção de material psíquico inconsciente, que poderá ser estendida ao trabalho de elaboração da transferência e da resistência, assumindo ainda o desafio de encurtar o tempo do tratamento, sem prejuízo da eficiência e da profundidade psicológica.
Na psicoterapia Reichiana a meta é a libertação dos bloqueios do corpo e a obtenção de plena capacidade para o orgasmo sexual, o qual estaria bloqueado na maioria dos homens e das mulheres. O Reich é uma técnica de meditação, que procura integrar mente e corpo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Transpessoal

A base teórica deste estudo é a Psicologia Transpessoal, que é um campo de investigação, aplicação e estudos científicos sobre a espiritualidade da natureza humana e do potencial presente em todas as pessoas para se desenvolverem a um ponto máximo. A integração das experiências espirituais é uma das finalidades para uma ampla compreensão da psique humana.
Os conteúdos básicos da Psicologia Transpessoal incluem: o aprofundamento na religião e nas experiências religiosas, a parapsicologia, a investigação sobre a consciência e os estados alterados de consciência (induzidos por hipnose, relaxamento, meditação e outros).
A Psicologia Transpessoal “busca uma síntese e oferece o estudo de outros aspectos ainda não abordados e que podem ampliar a visão do psiquismo humano” (França, 1997, p.87).
O  bem-estar espiritual significa em que medida ocorre a abertura da pessoa para a dimensão espiritual que permite a integração da espiritualidade com as outras dimensões da vida, maximizando seu potencial de crescimento e auto-atualização. A espiritualidade parece favorecer uma ótica positiva frente à vida que funciona como um pára-choque contra o estresse: frente a situações perturbadoras e a eventos traumáticos, a pessoa com bem-estar espiritual proveria significados para essas experiências e as redirecionaria para rumos positivos e produtivos para si e para os outros. Uma das fontes dessa ação construtiva é o sentimento de apoio emocional advindo da sua relação significativa com o absoluto (ou, em outros termos, com Deus).
Um aspecto central da inter-relação saúdeespiritualidade é o quanto a segunda oferece recursos para enfrentar situações estressantes inevitáveis na vida, mantendo um nível ótimo de saúde. O que se tem observado é que a eficácia no enfrentamento a determinados estressores pode ser correlacionada com a integração de crenças, emoções, relacionamentos e valores, na resposta da pessoa a esses estressores, isto é, a perspectiva que a pessoa assume frente uma situação estressora e o modo como encara essa vivência são fundamentais para os resultados do seu enfrentamento. Os resultados negativos de enfrentamento são aqueles que apontam para uma quebra da integração interna, perda de valores religiosos, fortes sentimentos de raiva de Deus, dúvida ou confusão no seu sistema de crenças.
A dimensão espiritual não requer condições especiais; pode ser trabalhada individualmente, em grupos, por pessoas com altos níveis educativos e com analfabetos, em ambientes variados em um leito de hospital, em pé, no Movimento Sem Terra – como tive a oportunidade de conferir –, nos gabinetes psicológicos, empresas, pessoas de todas as idades – inclusive crianças. Na prática, pode ser facilmente estimulada e desenvolvida, já que não requer arsenal tecnológico e técnico. É uma dimensão melhor acessada pela inspiração do profissional, pelo próprio desenvolvimento espiritual a que ele leva a cabo, criatividade, empatia e fatores menos calculados. Os valores, ética, sensibilização para o sagrado na vida, moralidade, geram um clima da melhor qualidade para o desenvolvimento humano e auto-superação. Como diz Kornfield (1997), se uma espiritualidade desenvolvida ama e cuida a vida, como a saúde não melhoraria?

FRANÇA, C. A. V. O homossexualismo sob o enfoque da psicologia transpessoal. Doxa, Revista Paulista de Psicologia e Educação, v. 3, n. 1 e 2, p. 85-96, 1997.
KORNFIELD, J. Um caminho com o coração. São Paulo: Cultrix, 1997.
BROWN, D. O estresse, o trauma e o corpo. In: GOLEMAN, D. Emoções que curam: conversas com o Dalai Lama sobre mente alerta, emoções e saúde. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p. 104-120.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CISNE NEGRO (Filme)

Cisne Negro -  Cisne Negro -
Cisne Negro
(Black Swan)

Partindo da perpectiva psicanalítica, busca-se discutir a dimensão do desejo humano representada no lúdico
Assim, trata-se de uma história autêntica e com roteiro inacabado, marcada por sonhos, pessoas e arte.
Muitos acreditam na existência de pessoas que desde pequenas foram exclusivamente separadas e destinadas a brilhar. Para as tais, não há dificuldade ou impedimento que seja suficientemente capaz de distanciá-las deste propósito. Para refletir a este respeito, aqueles nossos temas um pequeno outro, corpo e linguagem. Uma dimensão diferenciada em uma realidade muito particular, embalada por luzes, sons e danças. Neste filme, mostra que  movimentos perfeitos não serão suficientes, pois nada adiantará “se você não se entregar” a esta realidade imaginária para se tornar verdadeiramente “deixar-se levar” tão sonhado “lugar”, como a imagem resplandecente de um cisne.

A relação de Nina com os “diferentes outros” tornou-se mais conturbada. A perda da realidade pode ser tida como agravante inicial e foi seguida por delírios e alucinações perceptivas que consistiam em tentativas de elaboração. Esta condição intensificou-se de tal modo que Nina, aos poucos, confundia  a sua própria imagem no espelho. Havia uma dificuldade de delimitação entre o eu e o outro. Além do mais, o Outro a acusava neste suposto lugar imaginário: fotografias espalhadas por um quarto passaram a “ganhar vida” e avançavam em direção a ela; ela via o seu próprio reflexo na água da banheira e assimilava-o como “um ser além de si mesma” nocivo e avassalador de modo a querer destrui-la; e o semblante de uma mulher megera irrompia-se diante dela. Com a sucessão de tais eventos, Nina tornou-se, assim, perseguida por um outro acusador que visava dominá-la de algum modo sob a ameaça de fragmentação de seu corpo. 

A psicose possui uma lógica que lhe é própria e como vimos, o delírio e a alucinação são tentativas de elaboração. O Cisne Negro não restringia-se ao lugar ocupado por Nina porque contemplava uma posição que lhe foi ofertada. A possibilidade de esplendor fez com que ela se deparasse com um lugar inimaginável e impossível de ser representado em palavras, sonhado por alguns, mas destinado exclusivamente ao delírio

De uma única pessoa, àquela que sob qualquer circunstância, almejava ser perfeita.